Se tem grana, tudo bem! “wanna love”. Lembra quem?
E esse quem lembra o quê? E esse quê, o quê que tem?
Quem que tem? É do bom? Ou da boa? É também?
Bang, bang tá no sangue e não cessa o vai e vem.
Reféns como “twelve” sem estúdio,
Sem dublê, sem refúgio. Vidas ou interlúdio
No hino da rotina? Gasolina no trecho.
Pele, osso e desleixo, ciente do desfecho.
E a substância abraça, beija e chama pra cama.
Convida a ânsia pra participar desse programa.
Grama por grama, gama por grama
Grana por grama, assim lá vai os dias de fim de semana.
Chega segunda abraça o pai magnata.
Claro, não falo aqui daquele que carrega lata
Ou cata sucata, rouba prata, vitrine
E sim de quem ficou na corda bamba como jimi
Mike levanta, escorre pro banho sem porre
Não chora, consome, some, vive e morre, só corre
Ninguém socorre ele da dor da falta da mãe
E da chance de servir dor por entre doses de champanhe
O acompanhe por entre os centros da alta
Sociedade universitária. Quase nada falta
Contra mente incauta ele nem se exalta
Só repassa, sai, conversas não se coloca na pauta
Dos seus afazeres. Mike vende a brisa
Pra quem tem cash pra brisa, vento pra quem precisa
Furacão pra quem quer. Sintetiza abastado
Nem homem e nem mulher, só jovem desgovernado
Que o procuram e curam falta do doce
No sangue. Gera mais procura por aquele que trouxe
E traz mais jim morrison, elis
São craques e heroínas perdendo pro outro sentido
A escória grã-fina em camarins ou em partidos
Em hotéis, em papéis importantes, capa, astro
Em canais, em jornais, uma vida só de rastro
Desprezando leis do homem
Visto que só veem o demônio aqueles que consomem
E cantam, dançam, lançam show
Cansam e cansam, rock in roll
Na veia ou por via oral
No limiar do prazer quem preocupa com moral?
Esta se limpa com cédulas, diamantes e pérolas
Fica tudo bem limpo, menos células
Fato, maquiavel acertou sobre o poder
Na mão de homens que nunca sabem o que fazer
Querendo ou não, só aproxima whitney ou amy
De quem aqui morre e tanto faz pela falta de um grammy