Há dias que eu acordo e me vejo transtornado
Me sinto invadido e violentado
Por essa máquina
E essa gente que chora
Que me corrompe
Me usa depois joga fora
Eu tenho caráter e eles querem mudar
Calar a boca do povo
Sem ter ninguém pra lutar
Não, a minha ninguém cala
Não ria de mim seu canalha
(bis)
Rio de Janeiro, gente orgulhosa
Título brasileiro, cidade maravilhosa
(bis)
É fome, é morte, é corrupção
Não vou vender meu corpo
Por um pedaço de pão
(bis)
Nas ruas humanos vivendo como bicho
Com fome remexendo latas de lixo
Sem direitos, sem saúde, sem vontade de viver
Garota se venda, transe sem prazer
Temos que encontrar uma grande solução
Não vou vender meu corpo
Por um pedaço de pão
É fome, é morte, é corrupção
Não vou vender meu corpo
Por um pedaço de pão
(bis)
Do nosso movimento todo mundo fala mal
Mas isso amigo, é para vender jornal
Esquecem da fome e greve em hospital
E que morreu muita gente lá em Vigário Geral
Não para por aí
Ainda tem mais
Do crime da Candelária
Não esqueço nunca mais
Fome e miséria
É a rotina do viver
E cadê o "Sistema"
Que não vem nos proteger
Estamos entregue a própria sorte
Na cidade sem lei
A paz e amor aqui nunca encontrei
Antes de falar mal
Do nosso movimento
Pare e olhe pra que lado está o vento
Não, a minha ninguém cala
Não ria de mim seu canalha
(bis)
Rio de Janeiro, gente orgulhosa
Título brasileiro, cidade maravilhosa
(bis)
É fome, é morte, é corrupção
Não vou vender meu corpo
Por um pedaço de pão
(bis)