Voou, abriu suas asas como manda o enredo
Se sentiu livre e imune ao tempo
Decidiu ter o que lembrar e contar
Dançou na marra, confrontou o mundão
A alma livre que transborda por dentro
Satisfação em ser tudo o que ele queria
Noites e noites e noites em movimento
Celebrando o que ninguém celebraria
Aventurar-se nunca é demais
Em meio ao caos encontrar a paz
E a liberdade em comunhão
Sorriu de volta do céu ao chão
Não voltou mais, não
Não voltou mais, não
E se manteve livre, firme, vivo
Certos ventos vem e vão
E a aurora em oração
Traz o dia de novo
Vão espalhar que ele pirou, pirou, pirou, pirou e se foi
(Deu teto ao centro em outra escala)
Mochila pronta, ele partiu, partiu, partiu, partiu não se viu
(Admirou os céus e quis estar)
Não voltou mais, não
Não voltou mais, não
E se manteve livre, firme, vivo
Certos ventos vem e vão
E a aurora em oração
Traz o dia de novo
Longe, bem longe
Um ponto no radar
Um grão a não se notar
Mas intenso e subindo
Dando orgulho aos seus
Honrando o que prometeu
Virou parte de um todo
Completando a transformação
Se despiu de seus medos
Dando fim à interrogação
Sufocou sua ganância
De humano errante e então
Eclodiu em suas asas
Novas formas de dizer que não concordamos com desesperança
A marcha avança além e além
Com balas de borracha e spray de pimenta
Ele não foi bem-vindo na terra
O anjo agora plana chovendo faíscas
Que acordam as chamas em jovens corações
Seguiu ao infinito e não foi mais visto
O mito está vivo, inspirando canções