O meu rio está pedindo socorro
Co'as barrancas despidas de mata
As areias vão formando rincões
E as auroras não tem serenatas.
Das coxilhas correm venenos
Ofensivo que as águas consomem
Matam peixes e o Martim pescador
Só não mata a ganancia dos homens.
Lá se vai o meu rio de saudade
Num filete , encalhando a canoa
Vai correndo pro litoral
Pedindo socorro a lagoa.
Fazem roças e grandes
queimadas
Nem coivaras tu tens como estampa
Erosões vão abrindo caminhos
Através das tuas nuas barrancas.
Tu corrias tranqüilo no mais
Sem ataques e bombas potentes
Hoje és o meu rio de saudade
Do tamanho de teus afluentes.
Lá se vai o meu rio de saudade
Num filete encalhando a canoa
Vai correndo pro litoral
Pedindo socorro a lagoa.
Lá se vai o meu rio de saudade
Num filete , encalhando a canoa
Vai correndo pro litoral
Pedindo socorro a lagoa.
Vai correndo pro litoral
Pedindo socorro a lagoa...
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