Quando da brisa no açoite a fror da noite se curvou
Fui si encontra com a Maróca meu amor
E eu tive n'alma um golpe duro
Quando ao muro já no escuro
Meu olhar andou buscando a cara dela e num achou
Minha Maróca resorveu por gosto seu me abandonar
Porque o fadista nunca sabe trabalhar
Isto é besteira pois das fror
Que brilha e cheira a noite inteira
Vem depois a fruta que dá gosto de saborear
Por causa dela sou um rapaz muito capaz de trabaiar
E todos os dias todas as noites capinar
Eu sei carpir porque minh'alma está arada e loteada
Capinada com as foiçadas desta luz do seu olhar...