Deixa a luz queimar os teus olhos
Deixa a maré te desafogar
A espermateca do meu pai estava cheia
Anjos cinzentos me expulsaram de lá
Beba-me com seus doces lábios
Vou pro seu útero confortável
A vida não passa de uma droga injetável
Não acredite em destino
É uma roleta russa que decide
Quem é menina ou menino
E tem do que se gabar...
Quem vencer nesse jogo de azar
O espermatonauta chora sentado no barquinho de prata
Por ser outro inútil tiro que saiu pela ejaculatra
Mas não fique triste, me dê a mão
Pois os filhos de Onã brotam do chão.