Minha partida não é nada
Se forem guardadas reais intenções
Se estou partindo, tô indo
Buscar nas estradas, boa gente, paz
Risco um mapa, destino
Sou um peregrino de alma na mão
A mesma mão que desagua
Suores e rasga cidades no chão
Se fiz da lida, a amada
Que vai pendurada na minha canção
O violão, o tropeiro, descança estradeiro
Deita pó no chão
Cheiro de campo molhado
O corpo cansado, sonho, gibão
Laço de nó, couro verde
Sou um menino de volta ao sertão
Se ouço o tropel da boiada
Fazendo invernada na minha ilusão
Cai de maduro o poema
No canto da ema, dói o coração
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