Aponta o cigarro adiante
Menina errante não pensa em voltar
De fogo, o cabelo flameja ao vento
Que insiste em contra soprar
Inútil, pois ela não volta
Ela sempre descola um lar doce lar
Da rosa que traz tatuada exala o perfume
Mas, pode espetar
É onça faminta, singela felina
Que canta noturna ao luar
No peito esconde o que ama
De alma repleta, lavada com gim
Afina a guitarra e fascina
Canto de sereia num mar de concreto
É certo machuca o veneno
Que vem com teu beijo de deusa mulher
Tragando o tédio destila amores
Em versos rimados ou não
Confessa sua culpa
O pecado de ser verdadeira num mundo tão falso
Bandida, mocinha, plebeia
Rainha, esposa, amante vulgar
Inquieta caminha, beirando o abismo
Com o dom de não se acostumar