Ás vezes o tempo dorme no infinito
E a noite cresce gelada
Como se quisesse superar a dor
E eu me sinto tão pequena e eu me vejo com pétalas
De plástico nas mãos
Ás vezes seus beijos morrem no infinito
E os poetas ficam livres
Como se pudesse destruir a dor
Como se a dor fosse pequena
Como se os poetas fossem livres de verdade
As cores se misturam no seu rosto
Palavras se misturam no seu rosto
E o tempo todo fujo do seu rosto
Hoje eu me sinto dentro de um livro
Que nunca foi lido
Você poderia ter escrito
Ao menos você
Será que não entende o que eu digo?
Entenda o que eu digo
É tudo que eu preciso
Porque nada mais pode curar esses dias
Nada pode mudar
Nem os livros
Nem as fórmulas
Nem as regras...