Moro pra fora e me sinto bem à vontade
A hospitalidade faz parte do meu viver
do meu recanto conservo o sistema antigo
Lá, meus amigos eu recebo com prazer
Levanto cedo e logo cevo meu mate
Um cusco late enquanto o Sol vem saindo
Em frente as casas um Quero- Quero gritando
Saio pra ver encontro um amigo chegando
De braço aberto eu já recebo sorrindo
O dia inteiro o Sol quente me aquece
E chega a noite a Lua cheia me ilumina
Pois lá quem chega respira felicidade
E amizade duas fortuna divina
Tem cara alegre bastante sinceridade
Simplicidade que é coisa que poucos têm
De lá não saio nem abaixo de promessa
Casa grã-fina eu pra mim não me interessa
O importante é morar e me sentir bem
Aonde eu moro neste momento eu relato
É beirando ao mato, bem abrigado do vento
Pra os meus amigos está de porta escancarada
Só tá fechada pra certos tipo nojento
Pois lá quem chega é abençoado a qualquer hora
Por Nossa Senhora e meu São Jorge Guerreiro
Quando um amigo me aperta a mão pra o regresso
Eu fico triste e de coração eu peço
Volte de novo no Recanto Hospitaleiro
(Vai meu forte abraço pro meu amigo Foguinho e a todos amigos da querida Estância Velha e tantos outros amigos que visitam o Recanto Hospitaleiro)