Máquinas de guerra indumentária
Pra vestir o caçador que fez da fera caça
A sua própria espécie que se encontra encurralada
Desgraça muita e porrada na lata,
Sem terra, enterrais na merda
E deixais quem berra na miséria, sede e fome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Talvez por dinheiro um dia até explodirias
O mundo inteiro e eu queria ser teu travesseiro
Quando se vês apenas como mais um a chorar
Sempre em busca do prazer do ouro
Quem te interfere perde o couro
Tu esqueces, teu tesouro é teu coração
E todo mal que o consome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Máquina de deuses inventados
Para lutar contra diabos que o carregam
Pelos quintos do maior conto de fadas
Mascarado, sedutor, endiabrado
Tu enganas o mais pobre coitado
Que não percebe a grande máscara em que tu te escondes
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Tornando escassa nossa fauna, flora
E tudo mais que tu exploras
Como uma cobra que devora o próprio rabo
Estás na busca do teu fim
Eu gritando isso aqui por mim
Pressinto um futuro em que não haverá
Nem sombra de lembranças do teu nome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem