Reflexo da ira
Nublado o dia
Mostra na face
O relâmpago, o raio
Caído no meio do nada
E assim se faz o estrago
Reflito a medida
Tão lenta a cura
Para esta dor acesa
A promessa refeita
No traço sem efeito
E a comida sobre a mesa
Resgato a loucura
Levada pelo funil
Em círculos de água escura
Oriundos do universo vazio
O cheiro que vem do esgoto
E a sanha em sentir nojo
Refluxo da noite
Pingos que brotam
Do chão descolorido
Aspiram ser mar cinzento
Mas são só isso... respingos
E a falcatrua de ser só rio.
Dhenova
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