Meu flete batendo casco
Costeando a curva do rio
E o vento assoviando coplas
Naquela noite de frio
De longe escuto o gritedo
Na bailantas de fronteira
Meu peito já carregado
De ânsias chamameceras
Eu de um lado, tu de outro
São Borja e Santo Tomé
Uma saudade um anseio
De gaita de chamamé
Para amar não tem distância
Paixão não tem quem defina
Me gusta, arrastar a asa
Nos braços das correntinas
A noite sempre é pequena
Lá fora o canto do galo
Me resta , voltar a estância
No lombo do meu cavalo
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