Encordoei minha guitarra pelo vicio da bordona....
Quando a pampa cimarrona estendeu seu poncho em flor...
Procurei no bebedor a doçura “de aquel dia”...
Que fiz verso e melodia para a tua “trança e flor”
Talvez um dia encontres adornando a sepultura...
Essa prenda que foi tua, qual guardei com todo o ardor
Na sombra do corredor naquele final de tarde...
Me deste “el clavel del aire”, da tua linda “trança flor”
Cruzaste frente ao meu rancho, me devolvendo à querência
Pela bárbara insistência dos meus olhos sonhadores
Pois não carregavas flores enfeitando os teus cabelos...
Que na lonca dos recuerdos , tirei tentos com primores
Por um instante mais nada, fitei os olhos de novo...
Buscando meu tempo moço, o qual não quis olvidar...
Voltei a sonhar... Sonhar... Por vezes cheguei a crer...
Que numca alguém pode ser, o que não pude alcançar.
Quando passes por aqui, e a janela não se abra...
Invada por gosto a casa, que bem sombreada se assoma
Encontrarás minha cordeona por um canto abandonada
Mas a guitarra encordoada... pelo vício da bordona
Terá tido fim um amor... O qual buscou sua cura...
Nessa prenda que foi tua... De tua linda trança a flor.