Olha como chora aquela nuvem passageira
Veja como é triste o temporal
Nuvem na floresta oculta o ramo, inunda a terra
E molha aqui também o meu quintal
Tanto em água pura, tudo cura, e simplesmente
Volta alguma vida a se alegrar
E eu que mesmo aflito, afeito ao homem resistente
Me afoguei também naquele mar
No regaço as flores coloridas
Brincam submersas ao luar
Pra um amor encontro quantas vidas
Mergulhei sem ar
Tive que voltar pro meu lugar
Voltei, e agora quero respirar
Quero respirar...
Porque os caminhos que eu trilhei não me mataram de
amor
E se eu estou aqui, devo supor
Que queres me falar alguma coisa que eu não sei
Que veio me encontrar...Que veio me encontrar!?...
Talvez a rio que secou mostrou as flores outra vez
E a nuvem foi chorar n'outro lugar
Agora é um lindo campo aquele mar que me afoguei
E a vida... e a vida...