Sem olhos para ver
Sem voz para dizer
Tudo aquilo que eu penso
Mataram a inocência
A troco de sangue puro
Queimaram os meus livros
Me obrigaram a viver
Esta vida ordinária
Sem ter para onde fugir
Neste labirinto de incertezas
Faço minhas próprias portas
Buscando encontrar a saída
Enfrentando os meus temores
Entre o real e o surreal...