Algo no caminho atrapalha minha mente
Um gole de veneno já não é o suficiente
Tudo o que eu sentia foi levado pela enchente
Que arrastou minha alma e pôs a morte na minha frente
O sol nasce pra todos mas se esconde para mim
Já estou na fila pra assistir meu próprio fim
Minha cabeça carregada enrrolada ao estopim
Tristeza virou álcool e corroeu todo meu rim
O ser humano é uma praga espalhando a sua doença
O mundo me oprime esmagando como prensa
Cansei de acreditar que eu fosse a diferença
Mas todo o meu ódio engoliu a minha crença
Toda a minha alegria foi jogada em um aterro
Se na minha alma apodrecida pelo medo
Sei que a minha existência já não passa de um erro
Eu sou como o cupim e vou estragar o meu enterro