Já que não posso falar
Nada a mais do limite que tenho a dizer
Eu em guardo mudo
A minha obrigação é prestar a atenção
Na mentira que devo aprender sobre tudo
Silêncio!
É proibido
É proibido
Quando o relógio marcar
Meia noite no canto do galo
Esse calo vai pegar no pé
Filosofia é bom quando se tem dinheiro no bolso
Um traguinho no bar da esquina
A menina, o cigarro, o café
É proibido
É proibido
Ah! Mamãe
Eu bebo vinho, mamãe
Sou bêbado, bêbado, bêbado,
Bêbado, bêbado, bêbado, bêbado
Sou bêbado de vinho (mamãe)
Um, dois, três, quatro, cinco, seis,
Sete é conta de mentiroso (bis)
A boca que pede uma esmola
Tem um papo comum
A boca que xinga o vizinho
Tem um papo comum
A boca que fala a verdade
Tem um papo comum
A boca que conta mentira
Tem um papo comum
A boca que reza pra Cristo
Tem um papo comum
A boca que fala em demônio
Tem um papo comum
A boca que se queixa da vida
Tem um papo comum
A boca que fala na morte
Tem um papo comum
O mundo em resumo é isso:
A lama no sapato,
A dor de Aquiles no calcanhar,
A febre de vencer,
O medo de não conseguir chegar
O silêncio de uma voz
Um grito livre, fora do ar
Cala a boca,
Cala a boca que boca fechada
Não entra mosquito