Este meu jeito faceiro de andar tranqueando ligeiro
Alegre sempre altaneiro cheio de satisfação
É porque sou do Rio Grande criado na liberdade
Só tenho felicidade dentro do meu coração
Levanto de manhã cedo bem antes de clarear o dia
Saio estragando a alegria ouvindo o cantar dos galo
Me mando de campo afora alegre chapéu tapeado
Cantando ajuntando o gado no tranco do meu cavalo
Sou este peão missioneiro pelo duro da fronteira
Me criei de campo afora e vou viver a vida inteira
E Deus por gostar de gaita já me deu este regalo
Me fez alegre e faceiro até no jeito que falo
De tarde depois da lida venho de volta pra o rancho
Penduro os caco no gancho cantando com muita calma
Já logo trato meu pingo e atiço fogo de chão
Preparo meu chimarrão que aquece o corpo e a alma
Dou uns tapa na minha cordeona gaita velha resmungona
Depois vou ver minha dona nas casa e deixo o galpão
Com ela troquemo abraço nós dois matando a saudade
Dando mais felicidade pra vida que leva um peão
Sou este peão missioneiro pelo duro da fronteira
Me criei de campo afora e vou viver a vida inteira
E Deus por gostar de gaita me deu mais este regalo
Me fez alegre e faceiro até no jeito que falo