Semente bendito fruto o vosso vértice
O sal da lágrima não chora
Senhora decante a fala dos malditos
Realce a cor dos invisíveis
Desate o véu da má memória
Ó pai, que está no céu cinza e sagrado
Te enxergo longe desse lado
Teu barto de ouro nuvem e brilhantes
Desliz num canal de sangue
Nos muitos rios que te adornam
Adoro teu abandono
Na noite escura da alma
Quem sabe te encontro num sonho
O visgo da dor nos joelhos e um Deus
De olmo azul, me olha
E crio verso medalha milagrosa
Palavra toda poderosa
Que pesa, qual muitas catedrais de pedra
Da viga da mansão dos mortos
E do concreto dessa rea
Amparo feito de riso tenro e claro
Já me servia nessa hora
Agora que a força que resta se extingue
Que o coração não quer nem finge
Acreditar que ainda suporta
Adorar teu abandono
Nos dias de chuva e de fome
Quem sabe te encontro num sonho
E mostro o vermelho da chaga pra um Deus
De olmo azul que some