Esses dias pensei peguei a caneta
Fiz umas rimas e criei uma letra
Queria que fosse como nos anos 90
Passa uma ideia que soma representa
Que fosse impactante como escolha seu caminho
Assassinos sociais se passam de bonzinhos
Colarinho branco da o golpe no estado
Tempo difíceis define bem o presente do passado
Raio xis do Brasil periferia segue sangrando
Do pó ao pó só sigo observando
Jovem negro então teria voz ativa
Igual que nem verão na VR em Campinas
Cada um por si trás as lembranças
Diga não ao crack que levou amigo de infância
Em memória dia dos Finados
Detenção sem muro na rua encarcerado
Estamos em luto em dia das crianças
Dia dos pais morrendo dentro da ambulância
Malandragem da um tempo que tempo bom
Hip hop na veia o rap é som
Tem neguin desconhecendo o rap nacional
Apagando a história jogando agua e sal
Não crie um beat pra ser fodao no beat
Só uma letra ciente sem foca no hit
Preciso desabafar tipo isso tá foda
Tanta moda rap atual incomoda
Nunca mais vi um Brasil com P
Se tu lutas tu conquista pode cre
A vingança veio de carruagem da morte
A gente sabe que a televisão da golpe
Rap treme chão la se vai aviso a geração
Click clack bang e o trem da indignação
Vesti a camisa acreditei de verdade
Boné aba reta calça larga andando na cidade
Estilo bandido, Não! excluído dessa massa que a mídia determina o que é bonito
Rap foi traficando informação
Pois ser soldado do morro não é futuro não
Rua sem nome sem endereço sem preço
Nunca mais escutei uma ideia nesse peso
Uh Mais loko que o barato
Foi a mudança e nada é por acaso
Vários hoje nos castelos de areia
Eu ainda só do tempo do castelo de madeira
Vida loka também ama meio loco ho
Regando as flores seja onde for amor
A segunda vinda é muita treta
Meus inimigos estão no poder matando mais que escopeta