A calma que o tempo precisa
Nos faz perder a alma que sempre chora
E ao ver que o mesmo tempo agoniza
A nossa mente pensa em ir embora
Mas não há mais tempo para pensar
Que não há tempo pra pensar no tempo
Que perdemos tempo procurando tempo
Pra pensar no tempo que não temos por não pensar
E para sempre, enquanto o sempre se ausentar
E, repentinamente, ou nunca se tornar
Viveremos esse tempo da loucura
Em que todas as coisas tornaram-se vãs
Tornaram-se irmãs de todas as manhãs
Dos dias que não voltam mais
Mas na profundidade de seus olhos
Eu descobri onde nascem os sonhos
Eu descobri porque fazemos planos
Eu descobri, porque somos insanos
Porque somos humanos carregando enganos
E nada mais
Vejo sua face refletida no espelho
Contemplando o nosso silêncio ao sorrir
Sinto que não há nada mais para dizer
E ainda existe muita coisa pra sentir
E a chuva cai e sempre volta a cair
O corpo pede e sempre torna a pedir
Amor que sente o sorriso sem sentir
Sinceramente tornará a repetir
Que, um tormento, sempre vai ficar aqui
No momento que me perco de mim mesmo
E tento te prender no vazio do meu coração
E de todas essas coisas, tento entender a razão
Diante de tudo aquilo que me faz fugir
O coração é insistente, não quer partir
Por dentro fica a sensação de que estou
Fugindo daquela dor que torno a sentir