Sou do tempo da tarimba
Para não dormir no chão
Meu rancho foi construido
Com paredes de torrão
E as aberturas sem vidros
Todas feitas de taboão.
Cobertura de capim
Que a chuva nunca ruiu
Um casebre do passado
Que o meu filho nem viu
Com luz fraca de lampeão
A querosene e paviu.
A terra meu pai cortava
Com arado e bois de canga
O banho de todo dia
Era no leito da sanga
Logo depois do almoço
Sobremesa era pitanga.
Água pura da cacimba
Que eu bebia outrora
A gente mesmo trocou
Na cidade eu vivo agora
Mas não me sai da lembrança
Que saudade lá de fora.
Quando for te visitar
Meu mundo vou sem aviso
Gosto muito da campanha
Mas da cidade eu preciso
Por mim eu nunca deixava
Distante o meu paraiso.
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