Sou chucro lá da campanha
A qual dou muito valor
A cidade não assanha
Um índio arrocinador...
Por vencer tantos rodeios
Agradeço a deus do céu
A coleção de troféus
E a estampa de vencedor.
Quebro queixo todo dia
Sem nunca levar um tombo
Quem me assiste desconfia
Que estou colado no lombo.
Vai corcoveando a vontade
Pra frente e pra todo lado
Não vou cair, na verdade
Pra isso fui bem treinado...
Te acalma bagual furioso
Não adianta te atirares
Porque quando levantares
No lombo estarei grudado.
Quebro queixo todo dia...
Com relho, espora e bocal
Sei bem dosar o castigo
Pois de animal pra animal
Tem diferença o perigo...
Por gostar demais dos bichos
Dessa lida não me canso
E cada potro que amanso
É mais um cavalo amigo.