Não sei explicar certas cenas que sinto
Modificar essas mesmas e passar a seguinte
Por meras merdas que me prendem no cinto
Mas vou seguindo aumento parada e ataco em modo sprint
Paginas formam crostas na mente por isso eu faço print
Lágrimas tornam-se gotas que alegram com tinto
São vintes vezes a contar 365
No recinto a combater por não ser mais um faminto
No meio de cães canalhas que vão latindo
Latino style na calha não falha eu fecho o trinco
Procuro voar com a talha sem palha a ver se vingo
Cada pingo na toalha da batalha de segunda a domingo
Rap é cantar pa ser ouvido aprender a ser ouvinte
Espantar pa não ser seguido acender mais um cachimbo
Manter a corda no limbo cativar com o meu carimbo
Astrorecords no ringue a limpar dreads tipo bingo
O que sinto chamuscado pelas labaredas do meu labirinto
O recinto ta fechado noias moem a casa do ovo onde eu vivo
E eu sem bico para o furar
Só sentir e procurar, dividir aproximar
Copo de vidro entornado num pano de mesa caro
Um suspiro apagado num vampiro desdentado
Porque se a vida é lei da selva tô civilizado
Não quero ser mau para ela vivo apaixonado
Já desliguei a novela canal bloqueado
Verso único universo o tal rodeado
Por pontos de luz são fontes que tu
Escondes por um momento no escuro
Acende a chama mano pega fogo ao drama mano
Guerra prende o ser humano
Mete o dedo do meio em cheio no cano da gun
E dispara manguitos a quem te engane
Eu deixei de ser dumb nunca dei para dumbo
Nunca fui dum gangue mas fui vagabundo
Mente delirante distorce o meu mundo
E eu vagueando novamente um vagabundo
Só que o tempo pelo segundo quando deixei de ser miúdo
Casado com a inocência agora sou viúvo
E já nem tô de luto abraço o meu novo mundo
Com o sorriso de quem lembra o seu riso em miúdo