Se eu pudesse, eu faria, lá na serra,
Uma casa pequenina só pra nós dois morar.
Correria pelo campo, colhendo flores pra te dar.
E numa árvore distante, o teu nome ia marcar.
Eu ia, então, olhar pra ti eternamente.
E encontrar, no teu sorriso, o motivo para o meu.
Ó, Deus do céu, como eu iria te encontrar,
Sob o luar, e lá cantar singelos versos que escrever.
Ao amanhecer, deitar na rede da casinha.
Lá sentir a poesia de estar sempre com você.
Eu não sou mais do que um simples cantador,
Que utiliza da viola pra poder se expressar.
Como é triste olhar pro céu sem estrela pra contar.
E o meu canto é um canto baixo, até pode cessar.
Faria tudo, e ainda mais um tanto,
Pra torna-la alguém feliz, pondo os olhos no futuro.
Lá, a vida é simples, mas é cheia de alegria,
Posso ouvir a harmonia que ecoa ao seu chegar.
Não sou poeta, trovador, nem faço rima.
Sou apenas um caipira, sou um simples cantador.