Quando os corações dos puros amam
Cala a imensidão, o espaço
E a eternidade ergue seu véu
Todas as coisas vivas se aquecem
Todos os olhos se iluminam
Com a luz de um outro céu
Corações selvagens
Quando batem de paixão
Acordam toda natureza
Fazem a vida renascer
Florestas que queimaram
Voltam a se vestir de verde e flor
E as fontes que secaram
Ressuscitam ribeirões
Coracões selvagens
Quando ardem de paixão
Incendeiam a noite, o tempo
E cegam os sóis
E estrelas são as lágrimas dos anjos
A chorar
Por não terem o corpo, a vida
E não saberem o que é amar
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