Cinco palmo fais um metro, cinco metro dá um traço,
Multiplicado por cinco, vinte e cinco dá um bom laço.
Eu faço com garantia, por isso não me embaraço,
Só tranço couro mateiro para não haver fracasso.
Na ponta argola coqueiro, charros que eu mesmo faço,
Por isso tudo é seguro, vou golpiando só no braço.
Marruá fica amuado, sai na chincha do picaço,
Cavalo mestre de lida, marchadô de puro passo.
Minha morena queimada, meu ranchinho do riacho,
Sou caboclo resorvido, gosto de tudo que eu faço.
Berrante pra juntá gado, guaiaca pra guardar maço,
Meu revórve nequilado, que dá tiro no compasso.
Trabaio sempre contente, não sei o que é cansaço,
Sou devoto de São Jorge, rezo pra Deus no espaço.
No campo sou traquejado, não tem nada que eu não faço,
No catira me conhece: Caboclo Peito de Aço.