Saudade da Cordilheira,
Daquele tempo que longe vai
Minha chalana, a companheira,
O meu amor que não volta mais!
Quero viver bem, lá na fronteira,
Do meu Brasil e o meu Paraguai!
Ponta Porá, terra brasileira,
A fronteiriça das verdes matas
A linda Pedro Juan Cabalero,
A paraguaia. luar de prata
Dançando junto, lá no terreiro,
Chorando a harpa na serenata.
A paraguaia como açucena,
Linda morena que mais cobiço
A brasileira lá da fronteira
Faz a saudade como feitiço,
Ouvindo o canto da siriema,
Ornamentando o chão fronteiriço.
São duas raças, duas raízes,
Duas bandeiras, dois ideais,
São dois irmãos vivendo felizes,
Dois corações batendo iguais
São duas terras, são dois países,
Um é Brasil, outro é Paraguai!