Pensamentos longínquos
Acompanhados por cataclismos espalhados
Na minha memória
Começa assim a minha história.
Sentado á luz da lua
A ver passar corpos celestes
O frio no meio da rua
Fala em espíritos mestres.
Na tua face só vejo tristeza
Nos teus olhos incerteza
No meu coração cravado
Um punhal assombrado
Incerteza...
E das trevas se ergueram
Aqueles gritos de horror
Rosas negras nasceram
Do sangue da dama de honor
Anjo negro voando
Sobre a terra do mal
Com suas asas encantando
Num sangrento festival.
Incerteza...
Animal inocente e abandonado
Que me segues esfomeado
Infinita sombra, infinita dor
Que o vento sopra e dá sabor
Pertubas o meu sono
Durante todo o ano
Apetece-me gritar, matar e entrerrar
Minhas malévolas memórias
Em sepulturas vitórias.