Amanhã, no trem das dez, eu me recolho
Se eu me transparecer eu serei aceito?
Tem gente que canta virada de noite ao amanhecer
E cala tua voz ao bom senso do entardecer
Meu gosto de liberdade
ócios da idade, meu bem
Minha carne é de ninguém
Estamos atados
Inverso ao verso feito de conta disperso
Histórias de glórias sem nexo
Nem tudo que planta tem obrigação de fazer crescer
No peito, pra brotar, se rega e carrega até florescer
O gosto de ter vontade
Ócios da idade, meu bem
Minha carne é de ninguém
Estamos marcados
Estamos marcados
Minha carne é de ninguém
Estamos marcados
Estamos perdidos...