Movimentar milhões, levantar mãos de multidões,
De platina e de ouro, na minha conta os cifrões.
Dinheiro pra gastar, esbanjar, mas passa o troco,
E volta tudo certinho que eu vou torrar tudo de novo.
Os talher são de prata, só bebo água em taça,
Minhas roupa são de grife, rolê só de mazda.
Diamante africano e as pérolas pra minha mãe,
Umas fazendas em Luis eduardo magalhães.
Vários "apês" em new york ou cancun,
Nem pensar duas vezes: -"o senhor quer? -"hum rum!".
Passar pelas vitrines e pensar: -"bem que eu queria."? (não!)
Ficar que nem cachorro em frente a churrascaria?
Prefiro as plasma, 60 polegadas,
Ostento carro antigo e as 1000 cilindradas.
Van gog, picasso, dalí, beethoven e bah,
Todos reunidos na minha sala de estar.
Refrão-
Eu quero tudo que no mundo tem valor, todo conforto que ele um dia me negou.
To nem ai de onde eu vim, se pra onde eu vou só o dinheiro me faz ser quem eu sou.
Sou aquele que cê sempre quis ser e sonhou, bem mais cotado que vidinha de ator,
As mina grita e fica rouca no meu show, no camarim é só chandom e pettit gateaut.
Quero falar que conheço, já vi e comi caviar,
Passo a mil de xeroque, o azaro fica no ar.
Quero dinheiro e todas as damas que tiver no salão,
E todo ouro que um dia teve o rei salomão.
E quero mais, bem mais que a puta de "Uma linda mulher",
Com certeza as que eu num quis ali o Richard Gere, né?
Só vou colar com quem tem algo a oferecer,
Um azulzinho escocês, já de idade, pra nóis beber.
Variedade e bom gosto aqui é só pra quem é,
Se tem charuto, whisky e até a mais bela mulher.
Mulher, você vai ter o que o cuzão não te dá,
Diamante rubi jóias e uma casa com spa, se pá.
Até imagino nóis coroa numa mansão,
Numa jacuzzi temperada à red label e chandom.
Cobertura de 5 milhão de ipanema ao leme,
Ontem roletei de audi e hoje de porsche cayenne.
Refrão-
Eu quero tudo que no mundo tem valor, todo conforto que ele um dia me negou.
To nem ai de onde eu vim, se pra onde eu vou só o dinheiro me faz ser quem eu sou.
Sou aquele que cê sempre quis ser e sonhou, bem mais cotado que vidinha de ator,
As mina grita e fica rouca no meu show, no camarim é só chandom e pettit gateaut
Puta que pariu! To atrasado, caralho,
Mais um cidadão comum, fudido, proletariado.
Levanto às 06:00 em ponto e bato ponto no ponto,
De buzu lotado eu já tirei mestrado e doutorado.
Eu nunca tive dom pra aturar patrão,
Há quem suporte umas mijada só pra garantir o pão.
Até hoje o rap nunca autografou minha carteira,
Nenhum tostão pra, se quer, comprar pêta na feira.
É como a velha e famosa frase de caminhão,
"Deus num dá asa a cobra criada, né jão?!"
E mesmo assim ainda vejo uma pá verme em minha bota,
Querendo me atrasar, me fuzilando pelas costas.
Que bosta! Ó os cara lá, que paga de rapstar,
Mais modinha que as lupa colorida e tênis allstar.
A estrela tem que brilhar pros cara ficar contente,
"Oxente! Deus te deu rapadura e esqueceu dos dentes?".
É barril, né véI?! Já nasci pronto pro combate,
Dos que mancha a farda do trabalho espremendo a colgate.
É pobre, mas é limpinho. É feio, mas anda arrumado,
Minha mãe cuidou bem de mim e nem me deu carro importado.
Aí, jão! Não quero luxo, também não quero lixo,
Se tudo vira bosta, pão de ló ou pão dormido.
O executivo, o mendigo, se faz sucesso ou é falido,
Passar o domingo com o faustão comendo arroz e ovo frito.
Se rola som pelas quebrada, olha nóis lá, presente,
Saber chegar pra se sair inteiro e conservar os dentes.
Eu não entendo os cara que pensam que o rap é moda,
Tão viajando mais que a cinderela dentro das abóbora
E meu som nem é pã, nem ta na jovem pan,
Se eu vou pros 'reggae', sem dinheiro e só volto 6 da manhã.
Não vou aderir suas moda, e nem mudar meu sotaque,
Não troco gato por lebre e nem vanilla por pac.