Perdoa a mão que te apedreja
Perdoa quem não te perdoa
Perdoa a pedra que te alveja
Perdoa o preconceito e voa
Quem come o podre que ele deixa
Não pode ser inútil à toa
Gari de terno preto e asas
Perdoa o preconceito e voa
Mestre do vôo, divino réu
Anjo de cor, gari do céu
No imenso azul e branco véu
Cumpre, urubu, o teu papel
Perdoa a voz que te pragueja
Quem simplesmente te caçoa
Perdoa o chute que te aleija
Perdoa a estupidez e voa
Para que todo homem veja
Qua o teu agouro é coisa boa
Que todo azar é uma trapaça
Do próprio ego das pessoas
Gari de terno preto e asas
Perdoa a estupidez e voa