Se minha terra precisa
De uma luz pra lhe guiar
Eu me coloco a frente
Na hora de guerrear
Essa lamparina queima
Com querosene novo
É o sangue que corre
Pelas veias do meu povo
Armado de foice e facão
Vou do jeito que vier
Chapéu de couro e gibão
Contra as tropas de Fidié
De machado e bate-bucha
De pau e pedra na mão
Sem medo de Portugal
De soldado ou canhão
Vamos ao rumo das tropas
De encontro com a morte
Vou agarrado em Deus
E contando com a sorte
Lutar por minha terra
É minha necessidade
Derramamento do meu sangue
Pela nossa liberdade!
Mala fronte da Terra
Pião do xadrez do sertão
Lutando pelo pé de serra
Pião do xadrez do sertão
Eu vou sem medo da guerra
A paz assim se desterra
Pião do xadrez do sertão
O sofrimento se encerra
Pião do xadrez do sertão
Um vento frio cortou a caatinga
E veio a morte com sua mandinga
Para buscar os heróis de gibão
E cada gota de sangue caída ao chão
No banquete farto da crueldade
Germinou em forma de liberdade
E um sentimento novo na população
Fazendo de nós uma nova geração
De soldados prontos para guerra!