Salgueiro - Samba-Enredo 1978
Renato de Verdade
DO YORUBÁ À LUZ, A AURORA DOS DEUSES
Olorum, ô-ô,
Misto de infinito e eternidade
Também teve seu momento de vaidade,
Criou a terra e o céu de Oxalá
Pra gerar Angaju e Iemanjá
E Iemanjá, além de Xangô
Em seu ventre, doze entidades gerou
Pra reinarem pregando a paz e o amor.
Enquanto Oxumaré, com bom gosto e singeleza,
Matizava a natureza,
Ifá mandou Exu, o mensageiro,
Abrir caminhos pelo mundo inteiro
E quando os tumbeiros aportaram,
Reis, heróis e deuses de Iorubá
Em seu novo mundo aclamaram
Xangô seu pai no Axé-opô-afonjá
E os pretos velhos da Bahia
Ainda seguem seus antigos rituais,
Usando a mais pura magia
Nos terreiros de famosos babalorixás.
Saruê! Baiana, iorubana,
Da saia amarrada co'a paia da cana