Onde?
Onde, apenas onde?
Onde se esconde?
Onde você vive?
Porque não se revela?
Não cessa a enovela?
Que a dor não vale à pena
Porque? Porque?
O que houve?
O que houve?
Porque desistiu?
Onde foi que não mais resistiu?
Quando foi que seu dossel caiu?
Quando não é calmaria, é a tempestade
Quando não é o silêncio, é o ruído
Quando não é a saudade, é o desapego
Quando não é oito, é oitenta
Que ostenta mas não cede
Que quer mas não pede
Que até pretende ser
Mas ainda não é
O que houve?
O que houve?
Porque desistiu?
Onde foi que não mais resistiu?
Quando foi que seu dossel caiu?
Como é possível mudar tanto
E não ser capaz de nada mudar?
Como é possível?
Esquecer tudo que queria lembrar?
Lembrar tudo que precisa esquecer?