Por que me trancas
O rosto e o riso
E assim me arrancas
Do paraíso?
Por que não queres,
Deixando o alarme
(ai, deus: mulheres!),
Acarinhar-me?
Por que cultivas
As sem perfume
E agressivas,
Flores do ciúme?
Acaso ignoras
Que te amo tanto,
Todas as horas,
Já nem sei quanto?
Visto que em suma
É todo teu,
De mais nenhuma,
O peito meu?
Anjo sem fé
Nas minhas juras,
Porque é que é
Que me angusturas?
Minh'alma chove
Frio, tristinho.
Não te comove
Este versinho?
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