Permisso, paysano!
Que eu venho judiado
O sol na moleira
A vida campeira
Batendo os costados
Permisso, paysano!
Pra um mate cevado
Que eu ando na estrada
Com a vida encilhada
Tocando o cavalo
Sou da fronteira
Me pilcho a capricho
Potrada é de lei
Da lida que eu sei
Aperto o serviço
Meio gente
Meio bicho
Ninguém me maneia
Louco das idéias
Sou duro de queixo
Um trago de canha
Os amigos de fé
O pinho afinado
Tocando milongas
E algum chamamé
Com a alma gaúcha
E um sonho dos buenos
Eu guardo a querência
A vida anda braba
E só mete a cara
Quem tem a vivência!
Ah! Livramento me espera
Num finzito de tarde
Um olhar de saudade
A mirar da janela
Lá... Onde o xucro se amansa
Na ânsia do abraço
Eu apresso o passo
Pra matear com ela
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