Às vezes babo, espumo,
Ejacula-se palavras de mim
Noutras me calo, me capo,
Em silencio, não escuto e assim
Idéias articulam-se
Como os dedos
Começo a ter idéias!
Meu Deus!
Quem sou?
Quem fui?
Para onde vou?
Se palavras são alimentos
Talvez para o meu tormento
Você morra de fome.
Palavras às vezes
São como estradas
Tão distantes, no horizonte.
Palavras ás vezes
rebuscadas, embaralhadas as palavras
palavras às vezes embriagada
e eu me perco nessa estrada
Meu Deus!
Quem sou?
Quem fui?
Para onde vou?
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