Rashid - Estereótipo Songtexte

Querem mandar no que eu visto, querem julgar quem eu sou
Querem anular o que eu conquisto e que eu fique só com o que sobrou
Pode procurar nos registro, meu, o que fazem com a nossa cor
E se você é mais um tipo eu, resista onde quer quer for
Porque

Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!

Um dos 5 moleques no carro no Rio, podia ser eu
Ou o Douglas que se foi no Jd. Brasil, podia ser eu
Outro inocente morto a noite e ninguém viu, podia ser eu
E em nenhum desses casos cê nada sentiu, só se fosse eu!
Faz tempo que a rua não é fábula, vim tipo rábula
Pelos meus com discurso pra encabular
Conteúdo! Boy, senta o rabo lá
E me escuta, cansei do estábulo, não vou te adular
Com essa Stabilo em mãos escrevi coisas que me levaram a confabular
Na facul que você curte cabular
Falemos de chances, mas aviso
Não existe igualdade pra quem tem que correr atrás de quase 400 anos de prejuízo
Cê num sabe o que é isso, já antecipo
E nem ser seguido na loja pelo segurança que é do seu bairro e acha que conhece seu tipo
Se chama inversão de valores, ou show de horrores
Quando a definição de suspeito vem com uma tabela de cores
Sua justiça morreu quando embrião, sua lei já falhou no protótipo
E o azar é daquele que assim como eu se encaixa no estereótipo, ótimo!

Querem mandar no que eu visto, querem julgar quem eu sou
Querem anular o que eu conquisto e que eu fique só com o que sobrou
Pode procurar nos registro, meu, o que fazem com a nossa cor
E se você é mais um tipo eu, resista, onde quer quer for
Porque

Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!

Pela roupa que eu visto, a quebrada que eu moro e a cor que eu sou
O tira me para enquanto a filha dele deve tá querendo colar no meu show
Imagina que loko, durante o café da manhã, quando ele vai ler o jornal
E vê minha foto na capa e não é por óbito, nem motivo criminal
Mais um igual tantos que já levou tantas porta na cara que perdeu a conta
Minha vingança é estilo Carl Brashear, só d'eu tá aqui representa uma afronta
Agora me conta, olha pro mundo de ponta a ponta e vê como é sujo
Quantas Cláudias se foram antes de ter a chance de ser Taís Araújo?
Falemos de chances, pra você que esbraveja com raiva que é contra as cotas
Quantas vez cê já teve que provar que o que é seu, é seu, quase mostrar a nota?
Quantas vez cê acordou pra trampar, passou 2 horas só no caminho
E no vestibular disputou com quem acordou mais de 2 horas e foi pro cursinho?
Fica facinho assim, e a mentalidade aí se define
Quando gente igual eu só te serve se tiver fazendo gol pelo seu time
Esse estereótipo é baseado em séculos de história controversa
E se você que abraça não sabe, já sei quem tem mais Q.I nessa conversa!

Querem mandar no que eu visto, querem julgar quem eu sou
Querem anular o que eu conquisto e que eu fique só com o que sobrou
Pode procurar nos registro, meu, o que fazem com a nossa cor
E se você é mais um tipo eu, resista onde quer quer for
Porque

Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!
Somos todos alvos, somos todos alvos aqui!

Ô maloqueiro, aonde quer que vá fique ligeiro
As ruas não estão de brincadeira
Vizinhos nos vêem como forasteiros!

Ô maloqueiro, aonde quer que vá fique ligeiro
As ruas não estão de brincadeira
Vizinhos nos vêem como forasteiros!
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