Rashid - Diário de Bordo (pt. II) Songtexte

Guio minhas ovelhas feito um bom pastor
Protejo minha família feito um cão pastor
Ouço a cidade cinza pedindo mais cor
Mas por esporte o homem só te dá mais dor (mais dor)

A violência é tão sem freio quanto o seu Flamengo
Hiroshima, Nagasaki e Realengo
Guantánamo, Iraque
Geração sem atletas
Os únicos faixa-preta são Gardenal e Prozac

Geração coca-cola
Geração cocaína
Não temos heróis nas ruas
Só temos heroínas
Sejam bem-vindos ao canil
Temos Pit Bulls de canivete e Chihuahuas de fuzil
"Mano", isso é Brasil
Os nossos cortam cana enquanto os gringos fazem turismo sexual no Rio
Instruções vide bula
Quem põe o dedo onde não é chamado
Fica com um a menos, tipo Lula
Viu?

A posição desse povo é nula
Se a questão é difícil, pula
Só que eu "tô" mais pra gorila nessa selva, e não mula
Seu ensino bitola
Mas quem você chama de macaco faz os sons que você mais rebola
Entendeu?

Vagabundo sai da escola em coma
Na faculdade, ter dinheiro é igual ter diploma
Minhas idéias são uma doença que te toma
E balançar a cabeça ouvindo esse rap é o primeiro sintoma

Escolha as suas armas
Eu escolhi as minhas nessa "treta"
Derrubarei exércitos com uma caneta
O tempo passa e ninguém segura a ampulheta
Falsidade é mato, eu enxergo sem usar luneta

Mas eu não sou desse planeta, onde conversam de "bereta"
E desconversam quando tropeçam
Por ter jogado seus direitos na sarjeta
E trancado qualquer chance de mudança na gaveta
Só sei dizer que...

Foco na missão...

Fiz um pouco de flexão
Escutei um Facção
Acordei da ficção
Políticos, vi que são, vulneráveis "pique jão"
Que não sabem o poder que tenho com uma Bic em mão
Fricção
Se o mundo precisa de um empurrão
Meu dever é fazer força
Pra "nóis" sair da forca chamada corrupção
Porque, meu povo e eu somos um vulcão
Prestes a entrar em erupção
Danem-se, empresários e seus trâmites
Illuminatis e suas pirâmides, aí
Sou Muhammad Ali
Eu sou Spike Lee
Pé de barro de Ijaci
"Cês" tentaram que tentaram, mas ó
Cheguei aqui
Diz aí

Vivi com o necessário
Sem festa de aniversário
Sem medo de monstros no armário
Com histórias pra lotar um diário
Só tendo medo de um policial insatisfeito com o salário
Vendo a função de perto
Assistindo a nação de longe
A frieza sem noção me fez um monge
Certo do que não era certo fazer
Mas era esperto pra ver
Dando certo ou não, dava mais certo correr
Vai que vai

"Cê tá ligado"
Sou transparente como a água
Mas minha pele é escura como o seu passado
Se os States colocar a bandeira na lua
A gente não
A gente põe a bandeira na rua

Foco na missão...
A missão ainda é a mesma, "mano"
Dieser text wurde 264 mal gelesen.