Como um amigo poderia se desculpar por todos esses anos sem te encontrar?
E te ver perto, decerto não é simples pensar como seria quando pudesse te abraçar
por esbarrar em você, em algum lugar, no acaso do destino conspirar a nos juntar
numa daquelas cenas, onde o tempo passa mais devagar e não tarda a tornar
tudo a nossa volta moldura pintada das cores da mistura do brilho que de teu sorriso emana com o rubro ameno de tanto querer-te bem que eu possa sentir.
Sem passar dia que não me lembre que me fiz ausente, que meu coração é todo falta,
que só passa se chover e você me aparecer para amainar tudo que é incerto,
com qualquer um de teus gestos, que a meu ver encantado, assumem tantos significados,
gravados em imagens guardadas com tanto cuidado em minhas memórias da nossa história, cravada em pequenos atos de nosso próprio tempo que aqui dentro de mim permanece mesmo quando apetece dos anos passarem sem me deixarem estar novamente contigo.
Mas sei que consigo que se faça embaralhar novamente por destino outros panos
onde poderia te dizer que sem mistérios, mas por tanto gostar, a solução do enigma para sempre será...