Quanto vale o tempo?
Quanto vale o sample?
Quanto vale o momento?
Nada se equivale
Tudo subtrai, aí
Alguém sempre vai ter que ceder o que restou
Quanto vale um templo?
Quanto vale o unguento
Que os pés dele lavou?
Menos que ferraris
Ou tetos-solares
Preço que ninguém pagou
E vôo de milhões à milhares
E em manifestações e protestos
Vejo mais "zumbis" que palmares!
A cada momento me testo e retesto
Não gasto mais salivas com fitas de atari
No mundo lazer, tudo que alcancei
Me levou a perceber
Que no tempo fiquei, e a tempo acordei
Bem antes de perecer
A mente humana sem vida é erguida só pelo olhar
Além da visão, viso estar
Rompendo divisas com vozes vou pelo ar
Quanto vale o vento? Quanto vale o vento?
Olha quanto já ventou!
Quanto vale o vento? Quanto vale o vento?
Olha quanto já ventou!
Dou corda no despertador da vida
A cada batida, a cada versão
A cada aversão devolvida
Traz reflexão e expulsão de idéias evasivas
Uns preocupados com diabos e oficias
E eu, com a obrigação das vacinas
A sina deu sinal e parou no ponto certo
Que afinal nos aproxima do universo
Une o verso e a prosa
Chorando noel rosa ou rindo com Barbosa
Tentando ser esperto!
Em meio a injurias e perjuras dizem:
Jura que essa gíria é coisa de gente grande e importante no seu dialeto?
Pensam que estamos jogando fora
Saúde e dignidade
Perdendo nosso momento
Com fé e sagacidade
Apenas um caipora
Da fauna porque
A flora só ficou no pensamento
A mente humana sem vida é erguida só pelo olhar
Além da visão, viso estar
Rompendo divisas com vozes vou pelo ar
Quanto vale o vento? Quanto vale o vento?
Olha quanto já ventou!
Quanto vale o vento? Quanto vale o vento?
Olha quanto já ventou!