As vezes por sonhar demais
Paguei o preço de ser um louco
E se acha que eu mereço
Ou que foi pouco
Eu agradeço, mas
Faria tudo de novo
(Não vou mentir)
Eu rasgo as avenidas
Como se fossem folhas amareladas
Em latas de lixo de ideias não recicladas
Em aula vaga comprava bebida e queimava as provas
Sem saber que era amarga
Essa face da vida agora
Alterno entre a tinta da pele e do meu caderno
Pra todos demônios internos trago o exorcismo
Com um trago ou menos que isso
Quero o fim antes do inicio
Dos tempo da nova era que me deixaram de fora
Me deixe sonhar
Me deixe viver e aprender
Não ouse tentar me parar
Porque eu andando não paro você
Me deixe sonhar
Me deixe viver e aprender
Não ouse tentar me parar
Porque eu andando
A vida chega e vai embora
Muito embora não saibamos
Pra onde vamos e o início dessa história
A trajetória a passos lentos me exige paciência
Pra cumprir minha sentença deixando boa memória
Que seja rápido e que
A minha lápide
Tenha uma frase que me faça parecer melhor que sou
E vou em busca de um espaço interno
No inferno de querer ser eterno em tudo que faço e ferro
(Não vou mentir)
Me desespero, vocifero
Ao flashback parecendo novidade
Highlights de um jogo que acabou em empate
No meio combate lidando com fogo amigo
Hoje deixo saudade ao lado do dever cumprido
O trofeu nunca erguido
O talento esquecido
O tom maior que com o tempo se tornou sustenido
O som que entra no ouvido
Remédio pra deprimido
O caminho de volta pra casa a medida que passa
Virando um labirinto
Então
Me deixe sonhar
Me deixe viver e aprender
Não ouse tentar me parar
Porque eu andando não paro você
Me deixe sonhar
Me deixe viver e aprender
Não ouse tentar me parar
Porque eu andando
Me deixe sonhar (o medo trai, eu corro atrás)
Me deixe viver (e meu silencio faz)
Não ouse parar (barulho)
Não paro você (barulho)