Se for o esquema da serpente antiga
Aparentando um tanto distraída
Calada e colada à própria sombra
Usando o veneno e os espinhos
Mas se soprar o vento leste,
É que a serpente é insinuante
Então troca a túnica que vestes
Pela nudez de antes
Sombras que carregam madras
Gargalham gralhas em gritos lisos
Sonhos que traduzem medos
E os pesadelos... eu os temporizo
Se for o esquema da serpente antiga
Aparentando um tanto distraída
Calada e colada à própria sombra
Usando o veneno e os espinhos
Nada tanto incomoda
Quanto a bruma dispersa densa
Sentir ser só centelha
É a seiva que alimenta o espectro
Que a sensação de sonho se dissolva
Ou permita que tal bruma me envolva
Ou derrame tal sonho perdido
Sobre aquele livro que nem será lido
Uma dose da solução
Para então, ou nem, dormir
Pois haverá confusão
É o que a bula diz
Se for o esquema da serpente antiga
Aparentando um tanto distraída
Calada e colada à própria sombra
Usando seu gosto e sua mordida
Jurava que existia um céu
O anjo que curtia um som
Pediu, ao diabo, um isqueiro
E o diabo, um cinzeiro ao garçom
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