Primavera Nacional - Sound5 Songtexte

Cicatrizes nunca somem
Diretrizes só consomem
Mudam a mente do homem
Louco
Pouco

Rouco
Ando pensando
Em escrever um pouco
Pra aliviar as cicatrizes
Que eu tenho pelo corpo

Esses dias eu vi um cara morto
Mas o pior que esses dias
O mesmo cara tava mó feliz

E desisti de questionar o aborto
E o filho
Dessa pátria armada
Amada
Não fui eu que fiz

E
Ouvi a letra dos parceiro nessa
E desisti de devaneios
No meio a papos retos

E percebi que a ideia era essa
Eu ser a chuva
Que renova
Não vento
Que leva tetos

Ate porque eu sou mais um sem ele
Odeio o sistema
E todos que apoiam ditadores

E eu queria mudar
Já faz uma cara
Agora não somos
Rebeldes
Somos pacificadores


Tão dizendo que o rap é um game
Cheio de jogador, sem compromisso, hipócrita e machista
Se o rap é um game, eu sou um bug nessa porra
E quando eu tromba cês não volta nem botando outra ficha

Quando é que vai cai a ficha
Que tamo perdendo pra um governo homofóbico e racista
E ao invez jogar como um time
Cês prefere esquecer o placar e fazer diss pra outro artista

Esses mcs tão de toca
Se toca
Que eu to ca
Mira pronta e não costumo errar
Não adianta tentar se esquivar
Se cê não quer contribuir, então faça o favor de não atrapalhar

Meu coletivo não descansa
É letra atrás de letra pra poder passar uma visão pros muleke
Roda cultural, batalha do teatro
Recrutando e resgatando vários soldados pro rap

Isso é atentado liríco
Rap abdução juntando arte e fatos
Desligue sua tv e cola nas batalhas
Que esse tipo de rap cê nunca vai escuta nas radio

Ainda me sinto o como o capitão planeta
Botando flores na ponta dos parafal
Subersivamente mudando umas mente
Fazendo do rap, uma primavera nacional


Foi nas roda cultural que eu aprendi trocadilhos
Ao invés de ir pra bica e aprender troca tiros
Comecei ferir pessoas com atos verbais
Enfrentei, bati de frente e hoje eu não sou mais ferido

Desde pequeno vivendo veneno
Responde aí tiu quem foi que viu?
Nasci de um boombap
Fazendo freestyle quase tão raro quanto um disco de vinil

1998 Nascia um menor com talento de verdade
Que pra provar que era bom no que fazia
Tudo que precisava era uma oportunidade
Hoje com 20 anos que a cabeça mudou
É que a verdade vem átona
Quem tem ser assim, é tudo nosso e nada deles jão
E o que for deles nois toma

E eu tô nessa por amor e pela grana, sim
Valorizo minhas correria
Todo mundo tá jogo pela grana
A diferença é que eu não fico de hipocrisia
Diz como é que vou viver do rap?
Se eu não quiser dinheiro
A diferença entre eu e esses pau no cu
É que nas letras eu sempre sou verdadeiro


E é que, vivendo e aprendendo é um velho ditado ne?
Nessa vida amarga e quase sempre cômica
E eu vejo varios sujeitos sendo prejuducados
Pelos bota preta motivados pela coragem da branca
E muitos se perdem em meio a caminhada
Procurando uma saída vários aqui desanda
E são atropelados pela vida por pensarem que
A luz no fim do túnel era a tal da esperança


Contra o delegado que usou a caneta do terno
Que assinou o cheque do gambé que te mandou pro inferno
Contra a mídia televisiva que direcionamos nossas córneas
E ganham audiência com mentiras filantrópicas

Que separa pobre do rico por cartão postal
E transforma futuro engenheiro em traficante com fall
Posicionado no farol esperando o boysão de corola
Com rolex no pulso e o braço pra fora

Que é capaz de fazer de tudo por dinheiro
Estuprar família pra ganhar informação de prisioneiro
Nos excluem das faculdades e do alfabetismo funcional
Mas não assumem que somos alvos do morticínio governamental!


Não me preocupo em cantar o som que vende
Só me preocupo em cantar o som que vem de dentro e sai
E cês me culpa se meu conteúdo interno rende
E o som que vem de dentro vende dentro do spotify

Tentar viver de rap sem vender rap é mó treta
O que cês quer? Que eu coma o que eu escrevo igual sopa de letra?
Eu vim da roça, (nossa) e o povo da roça trampa
Catar café e contar com a fé de ter feijão pra janta

Ligo a tv
É um tapa na cara vendo mano prego pregar divisão
Ói pro ce ve
Ja fico de cara vendo mano cego pagar de visão
É a saga da inovação
Com a praga da separação
Em que o sistema da acesso ao pré pago
Mas sempre propaga desinformação

Átila o que você faz pra ter um brasil diferente?
Eu faço rap mano! Eu conscientizo mentes
Eu sei que é pouco, mas eu fiz
E a verdade é deprimente
Cobram mais dos mc’s
Do que cobram do presidente
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