Ao nó da gravata apertada
À poça no asfalto da esquina
Às quinas do móvel da sala
À meia que nunca combina
Ao tombo do pão com manteiga
À velha azeitona assassina
À carta que volta e não chega
Ao leite caído da tina
Ah! Tem dó
Tem pena de mim
Já pedi para São Bento para me ajudar
Já pedi pra Santa Rita pra me abençoar
Pra Buda, Maomé e para Oxalá
Ao gás que te deixa na mão
Ao verso que nunca se rima
Ao bolso que não vê tostão
À prosa que nunca termina
Às segundas-feiras que chegam
Aos trotes que enganam a bina
Aos brindes que dão sem que bebam
Às balas que vêm com anilina
Ah! Tem dó
Tem pena de mim
Já pedi para São Bento para me ajudar
Já pedi pra Santa Rita pra me abençoar
Pra Buda, Maomé e para Oxalá
À empada que vem sem recheio
Ao tolo que jura que ensina
Às taças que racham ao meio
Ao cheiro da vã lamparina
Ao dente que cai no domingo
À fome da fé nordestina
Ao chato que chega sorrindo
Ao clero que suja a batina
Ah! Tem dó
Tem pena de mim
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