As vezes bate a saudade no peito e no coração
Quando me vem na lembrança a igrejinha do sertão
Aqui era tudo humilde e não tinha exaltação
A igreja nunca foi fria o fogo do céu caia
Deus batizava os irmãos
O culto era abençoado Deus derramava poder
Ninguém ficava parado e dava gosto de ver
No repique da viola Deus fazia o chão tremer
E quando os irmãos louvavam Jesus vinha receber
Nem sempre a gente entende quando Deus quer trabalhar
De repente em minha vida tudo começou mudar
Deixei a minha fazenda meu gado ficou por lá
Com o coração partido do nosso sertão querido eu tive que me afastar
No dia da despedida eu fui na congregação
Ver pela última vez e abraçar os meus irmãos
Já morrendo de saudade eu deixei o meu sertão
Pra vir morar na cidade e cumprir minha missão
Quando cheguei na cidade confesso não vou negar
Nessa vida diferente foi díficil acostumar
Ao entrar na igreja que eu iria congregar
Foi grande a emoção ao ver que o Deus do sertão é o mesmo que aqui está
Aqui eu vivo contente eu sei não posso reclamar
Mais vivo pedindo a Deus que me deixe logo voltar
E rever os meus irmãos que estão a me esperar
Pra matar essa saudade e vai a nossa homenagem
Aos irmãos que estão lá