Me finjo de morto
Mas o sol tá no centro
Na noite vencida
Verdades ardendo
Me finjo de morto
Mas o seu tá mira
Liberto no cárcere
Caneta sangria
Me finjo de morto
Mas Deus não tá aqui
Não tá acolá
Nem menos ali
Me finjo de morto
Para ver sua calcinha
Debaixo do hábito
Vulcana heresia
Naquele momento, acreditei no meu sucesso
Meu plano era simples
Peguei o prego do meu caixão
E tracei uma linha reta
A modo de fazer um entalhe
Minhas mãos estavam enrijecendo
Eu insistia com fúria
Me finjo de morto
Mas eu sou obsceno
Na língua chicote
Pau seno ao cosseno
Me finjo de morto
Mas eu sou dinamite
Lírico armado
Câncer de elite