Amor que vive em meu corpo rendido
Sonhei seu vestido de noiva
E as flechas feito pombas
Puseram seu rosto a sorrir
Menina de tranças, nenhum coração
Supera a verdade da terra
Se espera o seu amante
Por lá rosa branca lhe acena
Entre os caminhos que deram
Escolhi sequer o cifrão
E logo os portões bateram
E as trancas furaram o chão
Amor que vive em meu peito sofrido
Refiz seu trajeto em carta
E a lua feito faca
Abate seu corpo na folha
E voaremos daqui meu amor
Ao mundo de nossas histórias
Potro resinado, moinho de vento
A galope em reino, rua ou estrada
Sempre a mesma dista a minha voz
Serena, fluída e castanha
Da sua risada